quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Minha dor

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Tuas palavras, teu olhar e teus gestos.
Tua forma de agir e falar.
Me machucam e enlouquecem.
Teu silêncio me agride.

Não me agrada ser mais um, ou menos um.
Toda noite de insônia eu sento e escrevo,
Não apenas mais uma musica,
Mas pensamentos vivos em forma de palavras.

Palavras de dor, e de amor.
Choro e riso, pranto e calor.
Palavras que às vezes escorrem como lágrimas,
Ou pulsam como tiros.

Eu já não tenho pra onde correr,
Porque tudo, tudo me lembra você.

Tuas palavras que me cortam, teus olhares que me queimam.
Teu desprezo que me amarga.
Teu riso me enlouquece, teu jeito me apaixona,
Teu cheiro me alucina, mas a tua frieza, ah como ela me mata.

Esse jeito que parece não ter jeito
Esse jeito que não tem jeito de entender
Teu jeito de menina solta, agressiva e impulsiva.
Imatura, insegura, infantil e apaixonante.

Parece que parece utopia.
Parece que parece masoquismo.
E tudo é exatamente o que parece.
Porque parece que não tem razão pra por razão em nós dois.

Qual o motivo de eu me motivar?
Qual o modo de por modos em mim?
Qual a solução pra solucionar teus instintos indomáveis?
Qual a forma de formar amor no teu coração?

Deve ter algo que ainda te emocione, algo que mexa com você.
Um gol aos 46, um bom combate, um duelo armado como o de João de Santo Cristo.
Uma música, um filme, uma história.

Meu olhar que com certeza é verdadeiro e minhas palavras eco explodindo de emoção?
Flores?  Um abraço talvez? Meus sentimentos em forma de harmonia e melodia?
Se eu soubesse não estaria no chão. Desisti de descobrir, mas não de tentar.

Com o tempo isso tudo cicatriza, com o tempo para de doer.
Nada é pra sempre, nada passa de ilusão, nada é em vão.
‘Nada’ é forte demais, ‘nada’ não tem tradução, nada é nada, como tudo é tudo.

Porque não trocamos?
Teu ódio por amor, teu desprezo por consideração.
Teus tapas por beijos, tua fuga por encontros.
A distância por abraços, a confusão por razão.

Não há nada de concreto separando nossos lábios,
Só mesmo um muro de batom, minha insegurança e tua dor como sua proteção.

Talvez daqui um tempo eu diga que se passaram noites e dias, e eu to tranquilo e numa boa.
Talvez eu ria de mim mesmo, por sofrer tanto assim.
Talvez sinta raiva do que passei, talvez sinta alegria em crescer.

Mais tenho certeza, de que o ‘talvez’ que eu queria pra mim.
Era o ‘talvez’ de talvez estar ao seu lado, cantando essa música olhando pra você.
Sentindo alegria por ter transformado a dor em riso.
E sem nem se quer lembrar, que as cicatrizes já foram cortes em carne viva.

Minto, minto sim, adoro mentir, mentir pra mim mesmo e me enganar.
Me enganar dizendo que te odeio, amo só a mim, e vou te esquecer.
Mentir assim, quantas vezes for preciso, mesmo que só por um instante.



Fingir pelo menos por um segundo.
Porque depois disso estarei novamente, perdido por você.

;s

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Veneno!

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Picante, fulminante, incurável.
Apenas uma dose foi o suficiente
Pra que eu enlouquecesse e me tornasse dependente.
Veneno! Seria a definiçao que me rege à você.

Eu sempre soube que havia algo em você que jamais vi em mulher alguma,
Um calor diferente, um ar que me prende.
Um olhar que me convida e me tenta de um jeito sem igual
Um jeito de falar, de pensar, de andar, de agir.
Um veneno imediato.

Me consome, me domina, me prende.
Viajo no teu riso, fico horas sonhando em ouvir tua voz.
Quem ou o que seria capaz de deixar um homem assim?
Veneno. Só pode ser veneno.

O que me faria ficar olhando pra alguém sem piscar?
Em transe. Olhando fotos, procurando lembranças, qualquer coisa de você.
O que me deixaria assim?
Sorrindo só em te ver por perto passar.
Isso é normal? Não, isso é veneno.

Sabe aquela maldadezinha a mais?
Aquela malícia nas palavras e o jeito de andar sutil e agressivo.
Tudo isso é normal.
Mais vindo de você? É veneno!

Veneno que me prende, me consome, me queima, me enlouquece
Só com o cheiro dele eu já estava em pane.
E depois da primeira dose então?
Perdi o rumo completamente.

E agora, o que fazer?
Procurar antídoto! Lógico, nada mais óbvio.
Mais... Existe um antídoto pra isso?
Talvez isso não, mais uma solução tem.

Se entregar!
Se render e deixar ser consumido.
Abrir os braços e se envenenar cada vez mais.
Buscas mais um pouco desse vicio.

Estou comatoso por você.
Adormecido e adoecido, precisando de apenas uma coisa pra viver.
Mais veneno!
Uma overdose de veneno.

Me consuma, se apodere, desisto, me entreguei.
Faça o que quiser. Mais me de mais desse veneno.
Uma dose? Cem doses? Mil doses? Um milhão de doses?
Não sei quantas são, mais me dê todas que tiver.



Não sei como, porque, por onde, e nem quando.
Mais quero morrer, envenenado pelo teu amor.'

;s

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não, não, não, eu definitivamente não sei

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Lá de fora chuva bate, bate forte na janela.
Quase abafa o som do meu violão.
Mais se eu me concentrar e pensar em você
Ouço claramente bater meu coração

Bater forte, intenso, decidido,
Como quem diz que precisa, necessita e quer você.
Parece até que ele sabe o que é melhor pra mim,
Mais o fato é que ninguém sabe o que é certo fazer.

Correr, fugir, pular, gritar, espernear,
Tentar fazer com que entendam com palavras?
Ou agir e provar o que é real?
Não, não, não, eu definitivamente, não sei.

Só sei que eu sento na minha cama.
Penso em você, toco minhas notas nesse velho violão.
E sem querer minhas palavras saem,
Sem sentido, sem direção, sem um porque,
Mais isso me alivia, e isso basta.

Talvez coisas, gestos, formas, pessoas,
Talvez tudo isso tenha um sentido
Com certeza tem um fim, mais antes disso tem um sentido.
Mais não sou eu ou você que vamos encontrar,
Se for pra ser achado, o mundo inteiro vai saber.

Eu gosto de acreditar nas coisas do meu jeito
Da minha maneira idiota e incompreensiva
Pra mim só tem uma maneira de saber se fiz na terra tudo que era predestinado.
Eu estou vivo. Isso basta pra saber que ainda tenho muito a fazer.

Como fazer? Porque fazer? Eu vou fazer?
É Preciso? Necessário? Vital? Irrelevante?
Vale a pena? Não vale? Arrisco? Espero?
Não, não, não, eu definitivamente e novamente, não sei.

E talvez eu devesse ser mais frio
Mais me diga como?
Se quando estou com você fico mais quente que o sol,
Minhas mãos tremem e o chão some debaixo dos meus pés.

Incrível, não imaginava que minha malicia sumiria um dia.
E com certeza ela não morreu, mais fica impossível encontrá-la,
Quando olho em seus olhos convidativos,
Que parecem dizer o tempo todo, eu preciso de amor, mas não me ame.

Me diz como, como não se perder em você.
Um auxílio ou um conselho, qualquer coisa que me ajude a ser menos teu.

Todo mundo fala que eu to louco, que perdi o rumo.
Que já virou idiotice e eu estou cego de amor.
Mais é tão difícil entender que essa dor no fundo tem uma pontinha de prazer?
E que eu sinto alegria em sofrer, se em troca puder te ver sorrir.


Amar alguém é dar a esse alguém o poder de destruir você
E confiar que esse alguém jamais isso fará.
Eu confio, não sei se te amo, mas eu confio.
Tenho certeza do meu sentimento, mais não sei o nome dele.

Mesmo assim eu to seguindo.
Sofrendo, chorando, sorrindo e cantando.
Minha música é você, minha vida é você
Faço tudo, paro tudo, pra tua voz escutar.

E passe o tempo que for, haja o que houver.
Em paralelo com teu caminho eu vou andando
Esperando, esperando, não tenho muito mais que isso pra fazer.
Esperando você notar, que eu posso te fazer feliz.


E se uma chance eu receber, você não vai se arrepender.
Mais como provar isso?





Não, não, não, eu definitivamente não sei..

:* sz